A parestesia pós-operatória pode ocorrer após uma cirurgia de coluna?
  • 11/04/2025

A parestesia pós-operatória pode ocorrer após uma cirurgia de coluna?

“Pode, sim... A alteração da sensibilidade acontece, pelo simples fato de existir a descompressão da raiz espinhal causada por lesão ou compressão dos nervos” alertam os cirurgiões ortopédicos, Edward Robert e Renato Bastos, aos médicos, pacientes e familiares.

Principalmente, nas compressões de longa data das raízes nervosas com grande déficit sensitivo ou motor. Segundo os médicos“não é garantido o desaparecimento de todos os sintomas como formigamento, dormência, queimação ou dor”.

Perda de força para raiz de S1

Paciente jovem37, atendida no ambulatório da Orto Center, relatou aos doutores Edward Robert Renato Bastos, que por longa data, sentia os sintomas acima citados, para o membro inferior direito.

“O curioso nesse caso é que há cerca de um ano, essa paciente começou a desenvolver comprometimento motor para raiz de S1, à direita, com diminuição da força para a musculatura plantar e panturrilha” descrevem.

Segundo os médicos estas alterações determinam definitivamente o comprometimento da marcha (vide foto) que se tornou claudicante, incerta e vacilante e com diminuição do tempo de apoio a direita. 

“A paciente realizou exame físico por diversas ocasiões, no sentido de confirmar a raiz comprometida, uma vez, que, na Ressonância Magnética feita em duas ocasiões não mostrava a gravidade que a mesma apresentava para a raiz de S1”, complementam.

Cirurgia endoscópica realizada em 03 de abril

Os cirurgiões optaram pela via interlaminar, à direita, (espaço entre as lâminas da coluna vertebral, por onde se pode introduzir um endoscópio), com objetivo de liberar a raiz descendente de S1 e a visualização da L5 à direita.

“Foi o que fizemos... Abordamos essa região e depois do acesso pelo plano muscular e a limpeza do arco posterior da vértebra de L5 e S1, retiramos o ligamento amarelo que se encontrava bastante espesso e, que, sem dúvida nenhuma, contribuía para o enclausuramento da raiz descendente de S1”, ressaltam.

Em seguida, realizaram a abertura do recesso lateral pela retirada de parte do processo articular conhecida como Hemifacetectomia.

A partir daí, chegaram à raiz espinhal que se encontrava bastante sofrida e com grande edema à sua volta.

“Liberamos a raiz S1 em todos os sentidos do crânio caudal para termos a certeza de que futuramente não volte a surgir o ponto de compressão”, justificam.

Com isso, finalizaram o procedimento, sempre alertando ao paciente, que nestes casos até pode ocorrer parestesia pós-operatória, pelo simples fato da descompressão da raiz espinhal

Sucesso no pós-cirúrgico

A paciente retornou ao ambulatório da Orto Center, em 08 de abril, para a primeira avaliação clínica no pós-operatório.

“Realmente, a surpresa foi bastante grande, ao constatarmos que toda a deformidade de inversão do pé direito, a deformidade em flexão do hálux e a incapacidade na deambulação, ou seja, caminhar na ponta do pé, à direita, foi quase totalmente restabelecida” (vide fotos e vídeo), comemoram cirurgiões ortopédicos Edward Robert Renato Bastos.

Próximo passo

Trabalho de recuperação para melhorar a força muscular na região da panturrilha e região lateral da perna e a musculatura intrínseca do pé.

Participaram da cirurgia: Edward Robert Orr e Renato Bastos (cirurgiões ortopédicos), Bruno Rangel; (anestesiologista) e Marisa Brandao (instrumentadora cirúrgica).

MÉDICOS, PACIENTES E FAMILIARES, FIQUEM ALERTAS!

Nas compressões de longa data das raízes nervosas, com grande déficit sensitivo, ou motor, não é garantido o desaparecimento de todos os sintomas.

Por quê?

Sabemos que os nervos recebem seu suprimento de oxigênio, através do sistema *vasa nervorum*, que são pequenos vasos sanguíneos que estão na continuidade dos nervos e que tem a responsabilidade de nutrir essas estruturas.

Nas compressões de longa data, em algumas ocasiões, existe o comprometimento desse sistema de pequenos capilares, o que pode ser explicado em casos de não remissão dos sintomas, após a liberação do tecido nervoso.

Conclusão

Não podemos alimentar em 100% a esperança de recuperação total das atrofias ou paralisias parciais de músculos, relacionados ao nervo supostamente comprimido.

Claro, que já tivemos casos surpreendentes, em que pacientes com praticamente monoplegia (perda parcial ou total das funções motoras de um membro) de duas ou três raízes, por meses e meses de evolução, depois da descompressão cirúrgica o resultado foi fantástico.

Por outro lado, alguns pacientes com perda de sensibilidade de uma raiz, por exemplo, a S1, depois da descompressão cirúrgica, o resultado não foi tão surpreendente pelo tempo de compressão e pela quantidade da mesma na estrutura nervosa.

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Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Orto Center