Paciente com radicular bilateral pregressa e histórico de duas cirurgias prévias. O que fazer?
“Nesse caso, quando as raízes nervosas na região lombar da coluna vertebral são comprimidas indicamos a cirurgia endoscópica”, respondem - Edward Robert Orr e Renato Bastos - médicos especialistas no procedimento.
Diagnóstico
Paciente, 57, quando atendida no ambulatório da Orto Center, apresentava além de uma série de sintomas dolorosos e debilitantes, uma parestesia, caracterizada por comichão, formigamento ou sensação de ardência que afetavam a sua qualidade de vida.
“Diante das sintomatologias, diagnosticamos uma radicular bilateral pregressa com predomínio, à direita, no território correspondente à raiz S1, envolvendo a região glútea, posterior da coxa, perna e pé (face plantar), associada aos últimos três pododáctilos (dedos do pé) e peito do pé, compatíveis com irritação concomitante da raiz L5, a direita”, destacam os doutores Edward Robert e Renato Bastos.
Histórico de duas cirurgias prévias
A paciente foi submetida a uma Artrodese nas raízes L3, L4 e L5 e a uma Endoscopia foraminal lombar a nível de L5 e S1, para a liberação da raiz emergente de L5.
Após melhora inicial, houve o reaparecimento dos sintomas, agora, com envolvimento próximo a raiz emergente de L5 e compressão da raiz descendente de S1, configurando quadro de radiculopatia dupla (L5 e S1) secundária.
“Ou seja: aderências cicatriciais epidurais (fibrose pós-cirúrgica), Artropatia degenerativa severa dos processos articulares de L5 e S1 e Estenose do recesso lateral direito”, complementam os doutores.
Indicação e planejamento cirúrgico
Após falha do tratamento conservador, entre eles Fisioterapia, Analgesia (uso de medicamentos) e Bloqueios radiculares, os cirurgiões, optaram por nova abordagem endoscópica interlaminar a direita das raízes L5 e S1, visando:
“A descompressão da raiz descendente de S1, a revisão e liberação da raiz emergente de L5 e a remoção de tecido fibrocicatricial e artropático adjacente”, descrevem.
Cirurgia endoscópica realizada em 17.10.2025
Técnica Cirúrgica
Com o paciente em decúbito ventral e sob anestesia geral balanceada, os cirurgiões, introduziram o endoscópio pelo espaço interlaminar de L5 e S1, a direita, realizaram a ressecção parcial da lâmina de L5 e S1 com hemifacetectomia, ou seja, remoção parcial das articulações da coluna para aliviar a pressão, permitindo acesso amplo ao recesso lateral.
Em seguida, removeram o ligamento amarelo, expondo claramente as raízes L5 e S1. A partir daí, identificaram o edema e a congestão venosa perirradicular, compatíveis com a compressão prolongada:
“Liberamos, completamente, as raízes, com a remoção cuidadosa das aderências cicatriciais e dos osteófitos articulares pequenas projeções ósseas que se formam nas bordas das articulações. Finalizamos com hemostasia meticulosa, utilizando radiofrequência bipolar e lavagem abundante para minimizar novas fibroses”.
Achados Intraoperatórios
Segundo os doutores, Edward Robert e Bastos, durante o ato cirúrgico foram encontradas:
- Aderências epidurais densas, envolvendo as raízes de L5 e S1;
- Artropatia facetária severa (artrite que afeta as articulações da coluna vertebral) direita em L5 e S1;
- Edema radicular (contusão óssea) e congestão venosa perineural (área em torno dos ssos);
• Compressão significativa do recesso lateral direito.
Pós-operatório imediato
Os cirurgiões observaram recuperação motora do hálux ("dedão do pé") direito, indicando descompressão efetiva da raiz L5 e que a paciente demonstrou alívio inicial da dor irradiada, com boa movimentação distal.
“Prognóstico excelente para a recuperação funcional parcial ou total em duas a três semanas, com Fisioterapia progressiva e analgesia adjuvante complementar utilizada nos tratamentos ortopédicos”, concluem.
ALERTA, médicos e pacientes!!
Discussão e Considerações Técnicas
Trata-se de um caso de revisão endoscópica complexa pós-artrodese lombar, com compressão combinada radicular L5–S1, típica de processos de fibrose epidural pós-cirúrgica associados a degeneração facetária avançada.
A via interlaminar representa o melhor acesso para alcançar o recesso lateral e liberar as raízes em diferentes níveis de comprometimento, preservando estabilidade segmentar e minimizando sangramento e fibrose recidivante.
Equipe cirúrgica: Edward Robert Orr e Renato Bastos (cirurgiões especialistas em Endoscopia de coluna vertebral); Bruno Rangel (anestesiologista) e Érica Torres (instrumentadora).
Cirurgia endoscópica de coluna: Alternativa minimamente invasiva e eficaz para descompressão neural em situações complexas. Se você tem preocupações com a saúde da sua coluna, consulte nossa equipe médica especialista em cirurgia da coluna vertebral e tire suas dúvidas: WhatsApp: (21) 3861-6477
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Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Orto Center

